Uma nova visita à Braga trouxe-me outros pontos de vista:
E ao cimo da escada, o comboio urbano de volta para o Porto.
E então descubro que tenho sede, mas não tenho sede de água. Tenho sede de rede.
Uma nova visita à Braga trouxe-me outros pontos de vista:
E ao cimo da escada, o comboio urbano de volta para o Porto.
A caminho de Leça da Palmeira, a nova ponte móvel sobre o porto de Leixões. A barreira e o semáfaro não impedem que meu olhar a acompanhe em direcção ao céu.
Azulejos do Porto
Mindelo de Cabo Verde, Mindelo de Vila do Conde, Mindelo do Porto. Mindelo canta comigo o dia em que vi Portugal, o dia em que nasci nesta lusofonia, na emigração que leva o canto e espera o cais, no porto da língua, no Porto do Norte. Passei por Gaia, Maia e Matosinhos. Rodei-te Porto, fiz-te de ponte, de passagem, de rima. Admiro-te e canto-te com a língua em outras terras, porque da tua voz saem caminhos para a palavra, como Mindelo pode ser uma freguesia de Vila do Conde, uma cidade da ilha de São Vicente, um desembarque que tomou a ti e que fez-se na Praia da Memória. Levo-te as águas desta palavra, que escutei na limpidez da voz dos Madredeus, li no curso, na geografia e na história das terras de Portugal, e que escrevi no leito deste Portus Cale virtual.
Há dias publiquei um post sobre a praia do Bar Azul, agora revelo um segredo sobre este papel digital chamado blog…
Há coisa melhor do que ver duas crianças a correr na areia da praia?
Aberto em Junho de 2007, após requalificação do arquitecto português Carlos Prata sobre projecto original do arquitecto catalão Manuel de Solá-Morales, o Edifício Transparente foi incialmente pensado para a Porto 2001, capital européia da cultura. Ontem tive a oportunidade de o conhecer melhor, por ter tido como mote um almoço no Cufra Grill. Para além da francesinha e dos finos, um espaço agradável, uma porta de entrada para o Parque da Cidade, uma janela para o mar.
O Pavilhão da Água nasceu para a Expo 98 em Lisboa, Portugal. Integrado no tema “Os oceanos: um património para o futuro” da exposição, este pavilhão foi posteriormente instalado no Parque da Cidade do Porto em 2002. O Pavilhão é uma porta para o Parque, não somente por estar junto aos seus limites, ao lado da Estrada da Circunvalação, mas também porque valoriza uma das maiores riquezas que sustentam o próprio parque: a água.
Enquanto hoje na SIC eram apresentados os presumíveis custos do lento e complexo julgamento Casa Pia, lembrei-me do meu avô materno a ver a SIC há uns 7 anos atrás, numa cama de hospital. Na altura fitava incrédulo um dos actualmente arguidos no processo, fazendo um gesto como de uma arma à cabeça, passando-nos a mensagem de que quem comete um crime tão horrendo como a pedofilia, o desrespeito máximo ao que jamais poderia ser desrespeitado, merecia algo mais do que um julgamento e consequente prisão. O escândalo começava em finais de 2002, quando meu avô já não falava, mas a incredulidade do seu olhar e seu gesto em resposta à notícia eram mais do que palavras. Neste mesmo ano casei-me e na volta da lua-de mel ainda pude ver seus olhos incrédulos, a possível resposta à rapidez com que a doença retirou-lhe possibilidades. Este vazio que por vezes sinto da falta tão presente que ele deixou-me é só comparável à nostalgia que a canção Motorcycle emptiness me desperta.