domingo, 28 de dezembro de 2008

…is you

And 14 years after its first release, the single “All I want for Christmas is you”, reaches this week the first position again in Portugal.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Uma ausência tão presente

Entre os passados seis anos desta ausência e o futuro desejado, cabe o presente, dádiva no próprio nome, uma prenda que a vida nos dá a cada dia, quando abrimos os olhos após o sono e deparámo-nos com os que nos amam, a escrever, falar, olhar ou pensar em nós.

domingo, 14 de dezembro de 2008

A pedra no sapato

O par de sapatos ao qual Bush escapou hoje é a possível resposta ao grande equívoco que alimentou nos dois mandatos como presidente dos EUA.  Um equívoco do qual, como qualquer responsável que deixará de o ser, quer desfazer-se em prol da sensação de dever cumprido, ou pelo menos para ter menor peso na consciência.

Para o povo iraquiano, atirar os sapatos é como um último grito de revolta, um insulto póstumo, uma justiça tardia com simbolismo moral, mesmo que não devolva paz ao seu dia-a-dia.  O sapato que incomodou Bush persiste em seu riso nervoso diante da situação, aparente bom humor perante o derradeiro e justo insulto que por certo sofrerá neste país.

O que ficará para a Hístória? Perdas inúteis, interesses desumanos pelo controlo de um país rico em petróleo, e, mais do que isso, uma pedra pesada a tirar do sapato.

As Palavras que me lês

O fim de uma história é o princípio de outra.  A história das nossas vidas não acaba, não é imcompleta, porque cabe nas Palavras que trocamos, cabe nas histórias que lemos e nas que escutámos.  Quando se trocam Palavras, perpetuámos, estendemos nossos longos braços-laços e o que se cria não se rompe, basta regar diáriamente, como a rosa do pequeno príncipe.

A tristeza que se sente com a partida, a alegria que se sente com a chegada, uma espera no cais de afetos, onde trocam-se também Palavras, em afirmação dos laços que não se romperam.  Quando estamos tristes, e se sentimo-nos semi-qualquer coisa, sabemos que a alegria voltará um dia, sabemos que não estamos sós, porque parte do Todo está em mim e parte de mim está no Todo.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Govindam

Govindam adi-purusam tam aham bhajami.  Um dos mantras que mais gosto para praticar Reiki.

Semi-qualquer coisa

São quase 21h30.  O pai já despediu-se da filha.  A casa volta a estar semi-iluminada, semi-habitada.  Ele vê as notícias, a terça-feira que se aproxima, o tempo a passar.  Tem à sua frente o pixel vivo do televisor LCD, que também é seu monitor, que também é parte desta sede que o liga ao mundo, A Rede.

É inacreditável a força desta Rede, que nos aproxima, nos une, nos torna uníssonos.  Somos cada qual em cada vida, a que escolhemos,  e participamos activamente na vida dos outros “cada uns”, dos espelhos semi-habitados, dos reflexos por iluminar em outro canto qualquer do mundo.

Também é já parte deste espelho incompleto em busca de reflexo.   É parte de algo que está sempre por descobrir.  Parte de qualquer coisa, e agora cá, a esta hora, neste lugar, o pai é semi-qualquer coisa.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Made in Everywhere I

Um brasileiro com um casaco da seleção de Itália, possivelmente "made in china", entra numa composição do metro do Porto, em Portugal.  Entra com outros dois colegas de trabalho na estação de Modivas Sul, da linha vermelha: um angolano com um casaco Reebok e um português, já idoso, com calças e boné à tropa.  Falam sobre passes e senhas do metro.  O brasileiro adianta-se com o seu passe que até dá para a zona N10.  Provavelmente no mês que vem também vou aderir ao passe, é mais económico e cómodo, penso.  Olho a notícia do Jornal de Notícias, e vejo que a Metro do Porto está a testar uma composição "tram-train", feita na Áustria,  a ser usada na linha vermelha.  Mais conforto, mais velocidade.  Saio na Senhora da Hora, vejo três chineses a atravessarem a linha a correr a tempo de apanharem a composição com direcção ao Ismai.  Vou para casa.  O mundo está global.  O mundo está realmente a mudar. E gosto disso.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Made in Portugal III

Há uma semana recebi um email cujo conteúdo gostaria de partilhar convosco. Vale a pena repensar Portugal, não o país, feito por nós, pelo nosso trabalho, mas os nossos conceitos, nossos pré-conceitos. Vale a pena repensar o que achamos imutável, o que consideramos perdido, o que não acreditamos como possibilidade.

Não encontrei a fonte original do PDF que recebi, mas sei que esta campanha já tem tempo, com origem na nova imagem da promoção externa de Portugal, pelo Portal do Governo, e que ganhou imagem na altura através de uma interessante apresentação. Para terminar, conheça a ficha e o perfil do lugar em que vivemos, pela voz da Portugal Global (AICEP)!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

As aventuras de Caddy Kaboo III

DSC01552 

Caddy de volta à casa.  Quem vê este prédio não imagina o que há do outro lado, pois não?  Então vejam...

Picture 036 

Este foi o melhor lugar onde já vivi até hoje.  Fica em Villach, Austria.  Pude usufruí-lo entre Dezembro de 2004 e Junho de 2005.  Bons tempos, tão bons que resolvi agora, quando se completam 4 anos que pisei pela primeira vez o solo austríaco, começar uma nova série de posts, com mote inicial na Caddy Kaboo.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

As aventuras de Caddy Kaboo II

DSC01550

Vamos às apresentações.  Esta Caddy chama-se Kaboo pela sua placa:  K 849 BU, letras K e BU, daí Kaboo.  Na Áustria, tal como na Alemanha e mesmo em Espanha, a primeira letra das placas é a cidade de origem do carro, seguida do brasão de armas da cidade.  Neste caso, K de Klagenfurt.  Na foto, acabou por encontrar neve em sua terra natal, um pouco depois de sair de Villach.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

As aventuras de Caddy Kaboo I

DSC01546

Austria, 12-12-2004.  Caddy Kaboo continua sua jornada em Faak am See: um dos primeiros contactos com o frio continental austríaco, com a geada matinal em campos perto de Villach.  Caddy ainda haveria de fazer muitos quilómetros até ser entregue no aeroporto de Klagenfurt.  Onde andará Caddy Kaboo?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

American Pride

DSC05181

This teddy bear was made in China, but despite this controversy I'll focus on its meaning.  The American dream seems to be reborn today from the Bush era dust into a renewed American pride.  Obama made a great victory speech: the 106th years old lady Ann Nixon Cooper is surely proud of the change made in America trough the years, as all the change believers, Americans or not.  Yes, you can, Mr. Obama and now the rest of the World is waiting.

F5 on CNN.com

Today is the other day, it's just 2 minutes past... each state on USA is closing the polls and I'm still waiting. I don't know why USA is so important after such an economic crisis, but what is important to me is the difference. I feel happy to live in a World where an African-American can reach the White House, I'm happy to see his smile, I'm glad to see that breath of respect between different races, I'm glad to see that the human world is becoming real human, without limits. To be even better, even this is an utopia, I see a World where the lyrics of John Lennon's song, Imagine, just come true. But, this is just a dream and I'm keep pressing F5 on my keyboard at CNN.com.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

This is the day


I couldn't resist to publish this embedded video today on this blog... Things fall into place and life will surely change.

sábado, 1 de novembro de 2008

Juan Muñoz

Foto Wikimedia, por Portuguese_eyes

13 a rirem uns dos outros na Cordoaria, e muito mais a partir de hoje aqui.

Horizonte

P1010254

O diálogo possível entre o céu e a terra: reflexo. Vejo, páro, escuto, os sentidos que atentam à orquestra invisível e inaudível repousam neste horizonte.

A vida e a vida de Llansol

Há tempos fez-se uma vida em anos de escrita, há tempos criou-se um texto em noites perdidas. Perdidas? Não, decididamente são ganhas. O poeta não perde o que usa, apenas perpetua a palavra, que ganha valor quando passa de boca em boca. E é após esta vida passada, a material, que a próxima que não é mais física, mas como meta, objecto meta______________________________________________físico, objectivo por cumprir, revive. Senhor, falta cumprir-se Portugal. E cumprir-se-á também na escrita, numa outra vida, na vida que virá depois da vida.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A insustentável multiplicidade do ser

Lembro-me do final do filme Dangerous Liaisons em que Marquise de Merteuil limpa o rosto do excesso da maquiagem com que diáriamente apresentava-se.  A queda de uma máscara faz-se sentir ao espelho.

Em tempos de crise, a maquiagem de Estado promete transformar grandes investimentos em grandes oportunidades, enquanto a oposição transforma os futuros gastos em futuros problemas.  Entretanto, envelhecemos, as crianças jogam nos seus computadores Magalhães, endividamo-nos comprando carros topo de gama enquanto os bancos leiloam nossos imóveis.

Chegou a hora de limparmos o rosto.  Fomos grandes navegadores. Fomos e podemos ser. Mas o problema é que pensamos que somos ou que apenas queremos ser: vemos o passado como algo que simplesmente passou, não vemos como aprendizagem, como possibilidade.  Ao invés do possível, do que podemos alcançar, filosofamos sobre desejos, sobre sonhos, sobre planos.  Vivemos à deriva da possibilidade, em meio ao desejo do inalcançável, vivendo os dias como se não houvesse futuro, como se não tivesse havido passado.

Nasce a insustentável multiplicidade de cada um de nós.  Nós, portugueses, que vivemos esta realidade que julgamos real, sabemos que afinal não somos tão bons, não somos tão perfeitos.  Mas enquanto a reação lógica poderia ser assumir a queda, limpar o rosto do excesso e enfrentarmos as rugas que sempre foram nossas, preferimos continuar mascarados.  Somos grandes lá fora enquanto chorámos em casa.  Mostramos força durante o dia e dormimos com calmantes e anti-depressivos.

Espero que um dia aprendamos o quanto é importante poupar para investir no futuro, pensar na educação antes da tecnologia "made in Portugal", pensar na estabilidade sustentada antes do comodismo, no que podemos fazer com investimento e dedicação e não com o simples desejo.  É hora de esquecermos a máscara que nos esconde do espelho, que nos esconde de nós próprios.  Precisamos conhecer e aprender com nosso passado, ver o presente sem maquiagem, e traçar o caminho do futuro.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Como falar de amor

Como falar se o vulgar é corrente, se a energia cria-te e cerceia tua força?  Como culpar quem te vive intensamente, quem te sobrepõe ao viável, ao plausível?  Como esquecer quando teu abalo abriu às raízes, pelas rachaduras, a tua terra, teu suor, teu fogo, teu fôlego?  Como falar, como recriar, se tu és o que não és, mas o que julgas ser em cada um de nós?

Where the streets have no name

Starts like a hymn.  Grows like a thunder.  I feel some magic, some mystic vibration hearing that song.  Simply perfect, a classic 21 years later...

sábado, 4 de outubro de 2008

Made in Portugal II

Sou produto de Portugal nascido no Brasil.  Sinto-me português, sinto-me brasileiro, sinto-me global.  Não há pátrias, raças, partidos, claques e grupos quando simplesmente somos do Mundo.  Sou intolerante à intolerância, mas se a democracia o permite, porque esconder que sinto-me triste em saber que há racismo e xenofobia?

Made in Portugal

A mestria dos mares de sal converte-se, mesmo que tardiamente, na dos mares da tecnologia.  É bom ouvir "Made In Portugal", agora sob a voz de outro Magalhães.

domingo, 21 de setembro de 2008

Outono

Untitled 

O prenúncio de um Outono.  Deixo a janela aberta para entrar o som forte dos trovões.  Lá fora há ainda festa dos Leixões, a noite vai caindo e a chuva também cai a fechá-la.  Hoje é Verão, amanhã já é outra estação.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Diferente olhar sobre o mesmo

Ontem desci a Avenida de Merignac até à Villagarcia de Arosa.  Matosinhos parece sempre igual junto ao Hospital Pedro Hispano, árvores ao fundo, no Parque de Real, os jardins, o Metro a ranger o ferro, as famílias a irem trabalhar pela manhã.  Reparei no azul do céu e na leve brisa que amansava o calor que preparava-se para a tarde: anunciavam algo diferente.  O azul estava perfeito e a brisa modelava as cores dos tijolos vermelhos, das flores, das árvores.  Senti a diferença num movimento de ascenção, quando percebi que não olhava mais o chão que pisava.  As cores atraiam o olhar para cima, para o que a vista não alcança numa manhã de trabalho.  Este renascer da percepção fez-me pensar que a realidade difere pouco, mas levanta do chão quando fazemos das suas cores uma nova interpretação, um novo olhar sobre uma simples segunda-feira.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Two versions of the same song IV

It was released on 1984 as the debut single of the Alphaville's first album Forever Young.  In the same year songs like Relax from Frankie Goes to Hollywood and People are People from Depeche Mode were also released, this song became a mark in the not only german, but european synthpop music from the 80's.

Another german band, Guano Apes, made a cover from Big in Japan, 16 years later:

domingo, 7 de setembro de 2008

Memória

Há tempos que não me lembro, há outros norturnos, dias adormecidos em pensamentos vagos sobre tudo, sob o nada. Fico a ver o ténue fio de mar entre as árvores distantes, o tempo que outrora trazia-me a noite, agora traz-me o sorriso, uma flor numa caneca de leite, um pedaço de bolo da avó, uma garrafa de vinho da aldeia.  A memória, que percorre o tempo, acordando pensamentos, como orvalho noturno que evapora com o sol, pergunta: vale a pena?  Mas a alma nunca é pequena...

Os novos pés de figueira

Hoje meu pai mostrou dois pés que nasceram perto do vazio deixado pela grande figueira.  É sempre bom ver que da terra tudo pode renascer, mesmo que por vezes esqueçamos das pequenas grandes coisas que a vida nos traz a cada dia.

domingo, 24 de agosto de 2008

O paladar que foi futuro

Já não haverá figos este ano. Agora no lugar do teu tronco está o vazio, a falta do futuro paladar.   Fica a memória de comer ao teu pé agora descalço na estrada, transformado em lenha pela motoserra.  A terra que te amparava vai acamando e no meio da lama e da chuva, alguns figos ainda verdes que perdeste já não crescem.  Fica o paladar de outrora, o fruto aberto, avermelhado, o saber doce, puro mel.

Pedras parideiras

DSC04880

FeCl2 + 4 H2O  + KAlSi3O8  [outrora]

KFe3AlSi3O10(OH)2 +  6 HCl   [agora]

Termoclastia que cria, que transforma.  A pedra de outrora, a rocha-mãe, a parideira, espera.  Na Serra da Freita há poucas almas, muitas histórias.  Os dias passam e se no inverno há neve, no verão há gente, há carros, há olhares postos na Frecha da Mizarela.  Por entre modernos moinhos de ventos, as vacas pastam, marcam seu território.  Os dias e as noites correm, tanto sol, tanta lua, tantos que passam.  O nascimento de agora, quando alguém espreita pela rede que protege, a bolha que torna-se em biotite, o disco duplo convexo que brilha ao sol, já não é parte de quem o criou.

* Este texto teve como inspiração outro sobre as pedras parideiras que se encontra no site de Geologia do Portal de Arouca

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Rooibos tea

This evening I reserved a time for myself at the end of this first day of work after the hollidays.  There's nothing better than a cup of rooibos tea, good music, and to check some pictures I took during the last month.

domingo, 10 de agosto de 2008

Os cinco sentidos em férias

Futuro paladar

 DSC04702

 

Ouvidos atentos

DSC04398

 

Ollhar à espera

DSC04694

 

Perfumes múltiplos

DSC04727

 

Braços abertos

DSC04720

Olhares em férias I

DSC04336

Parque eólico da Serra da Freita, Arouca

 

DSC04366

Pinheiros, Serra da Freita, Arouca

 

DSC04365

A energia da natureza, Serra da Freita, Arouca

 

DSC04410

Parque no centro da vila de Arouca

 

DSC04506 

Cozinha antiga, Arouca

 

DSC04635

Futuro vinho, Castelo de Paiva

 

DSC04649

Capela da Senhora da Mó, Arouca

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Luz da minha vida

Parece luz o que a voz não esconde. O senhor Cunha debruça-se sobre a janela e chama:

- Ó Luz, onde estás?

- Estou aqui, Zé.

O senhor Cunha sorri e o que parece apenas luz ilumina-lhe a voz:

- Anda para dentro que já é tarde. É tempo de acender as velas.

Maria da Luz corre para dentro de casa e vê o marido a colocar-lhe as velas sobre o bolo de aniversário. Os dois sentam, cantam e abraçam-se. A luz das velas desaparecem em fumaça com o sopro de Luz. Qual luz? Os olhos do senhor Cunha parecem brilhar como berlindes de criança. Seu sorriso fala tanto que só apetece à Luz continuar abraçada a ele e é o que faz até fazer-se noite cerrada.

Quando deitaram não se escutava nada lá fora, deixaram a louça por lavar, foram de mão dadas para a cama e dormiram a sorrir, como a sonhar com nuvens brancas, cheias de luz, Luz de uma vida.

sábado, 19 de julho de 2008

Caminhos I

Caminhos pela Austria:

P1010269

Estrada principal em direção ao centro de Hallstatt

Picture 025

Estrada em direcção a Klagenfurt

P1010026

Escadas para a Igreja de Maria Worth

P1010233

Caminho que se quer esquecer, no campo de concentração de Mauthausen

P1010037

A caminho de Salsburg

DSC02763

Estação do lago Ossiacher See

DSC02812

O caminho para o sonho chinês de um casal austríaco, tornado realidade junto ao mesmo Ossiacher See

Picture 038

Um convite para um mergulho, Ossiacher See

Picture 084

À saída da estação de Sattendorf

P1010185

Uma paragem em Pörtschach

P1010080

A caminho de Festung Hohensalzburg, Salsburg

DSC02539

Vielas de Villach

Picture 011

Entrada para o Villach Congress Center

DSC02704

Porta para uma boa refeição, no melhor restaurante italiano de Villach, onde estacionamos para recuperar energias para caminhos futuros.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

So in love with you

This is, for me, the best song from Texas, and one of my favorites.  Now, that Sharleen Spiteri is launching her solo carrier I open the box of great old songs from the scottish band where it all began:

terça-feira, 15 de julho de 2008

Mestre Tempo

13515 dias.  O Mestre questiona-me como e não quanto.  O quanto é certo, o como um princípio.  Há uma parte que nos faz aprendiz, uma outra que nos torna amante.  E enquanto dura, renasce a cada dia, como certo é o princípio e o amanhã talvez.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

quinta-feira, 10 de julho de 2008

20 minutos para a meia-noite II

Acabei de escrever Por Vezes II e lembrei-me que faltam vinte minutos para que o iPhone 3G comece a ser vendido oficialmente em Portugal. As palavras "ritmo capitalista" ecoam na minha mente.

Por vezes II

Por vezes só mesmo um milagre pode reverter situações como a fome. Sabemos que nem todos escutam esta música como um apelo, fazendo sua vida sem pensar que estão a contribuir para que a desigualdade e a injustiça continuem. Mas podemos agir, mesmo que em pequenas acções do dia-a-dia. Podemos e devemos. A recompensa é a resposta à questão, a missão que todos desenvolvemos cá, de sermos felizes e fazermos os outros felizes, pois sem a felicidade dos outros, a nossa torna-se mesquinha, orgulhosa, sem sentido.

Por vezes sinto uma vontade inesperada e crescente de abandonar ao que chamo de vida comum, numa cidade, com o conforto urbano, e tornar-me verdadeiramente pró-activo em relação a estas questões. Porque não ir para onde os problemas acontecem, onde o conforto não quer ou não pode chegar, para onde realmente precisam de mim? Será normal envelhecermos confortavelmente nas nossas vidas citadinas e passar este mesma comodidade a nossos filhos, perpetuando a inércia que nos faz achar que devemos ser cada vez mais competitivos, no ritmo capitalista? Como esquecer quem não pode concorrer nesta competitividade por não ter tido condições desde o seu berço?

Por vezes, um milagre, por vezes, a vontade. Questões sem resposta definida, despistadas pelos nossos problemas que achamos grandes e que são tão pequenos. Andamos a vida toda a resolvê-los e esquecemos dos verdadeiros problemas. Precisamos de mais milagres, mais vontades.

Silêncio II

Agora que partiste para longe é que sinto tua falta.  Há fios do teu cabelo ruivo na minha roupa.  Há teu cheiro nos lençóis.  O silêncio depois da tua voz pela casa, que só ouvirei mais tarde, quando já estiveres longe.  Parece-me que ficas comigo, mesmo agora sem ti, e que o tempo cria este sentimento que só se percebe quando se viveu o que se quer reviver, como a ficção de um desejo que existe apenas como desejo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

De Portus Cale à Bracara Augusta

Neste último fim de semana, parti deste Portus Cale que escolhi tomando a cale-bracara moderna, a A3, em direcção à Bracara Augusta. Deixo-vos algumas impressões.

O Anjo:

DSC04029

Os Arcos:

DSC04043

A Inscrição na Sé:

DSC04081

A Inevitável Simetria do Bom Jesus:

DSC04134

O Lago:

DSC04161

A Janela para Braga:

DSC04169

As Bacantes:

DSC04178

O Balneário Pré-Romano:

DSC04180

E foi a dois minutos das 11h30 de domingo, quando partiria o comboio urbano de Braga com destino a Porto São Bento, que tirei esta última foto, na cave da Nova Estação de Caminhos de Ferro.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Amor em tempos de crise

Casal Sepia

Por alguns instantes o aumento do petróleo, a inflação na Europa e as dificuldades financeiras das famílias portuguesas parecem não fazer parte do dia-a-dia.  Os ventos correm a Serra da Arrábida, o amor em tempos de crise revela-se com a paisagem ao fundo, os braços estendidos, e o casal que hoje completa 38 anos de casados.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Two versions of the same song II

The original Itchycoo Park, from 1967, by Small Faces:

 

The version of M People, released on 1994:

Voz nos dedos

Mesmo que eu cantasse todas as canções, mesmo que eu falasse todas as línguas, minha voz comum no meio da multidão é pequena demais para ser grande e grande demais para ser pequena.  Minha voz comum nasce dos dedos, leves toques sobre letras, conjugando verbos, criando palavras, construindo frases.  É a comum voz entre as gentes, mas como toda voz, não tem idade, nem padrão, vive de saudade, sentidos e esperança.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Esta sede de rede

Esta rede que recolho do mar já alberga outros cais de abrigo. Este já conta cinco anos de encontros no cais da escrita, no cais das histórias de encontros, nas histórias de muitos outros cais e de futuros encontros:  Notícias do Cais.  Entrei após o rebentar do espumante em seu casco, entrei como viajante, continuo como velejante.  A força do mar nos guia, as vontades recriam o mar e o casco desbrava a trinta dedos-nós sobre o teclado.

sábado, 21 de junho de 2008

c# poem

#using bSomethingLibrary;

public class Life

{

public void Life()

{

do

{

live();

} while ( onEarth());

}

public Life live()

{

bPart [] yourself = new bPart [5];

yourself[0] = bFree();

yourself[1] = bFriend();

yourself[2] = bLover();

yourself[3] = bLoved();

yourself[4] = bYou();

return new Life(yourself);

}

}

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O guardador de sementes*

Tinha na mão três sementes de abóbora chila (gila).  Parecia-lhe estranho que agora estava em sua mão, na enxada e no poder da terra o futuro deste legume.  Sabia que em 2040 as últimas abóboras chilas eram conseguidas em estufas do Estado para a manutenção da biodiversidade mínima obrigatória em qualquer país da Eurásia.  Infelizmente, um vírus produzido por um grupo radical resistente à recém adesão da Rússia e China à comunidade, pôs fim ao projecto no final do mesmo ano.  Não compreendia porque destruir o futuro de espécies em extinção poderia ser uma forma de luta contra a inclusão de novos países a uma comunidade de cooperação semi-global.  Alguns o chamavam guardador de sementes, em alusão à antiga e rara tradição do pastorio.  Sabia que era mais do que isso, pois manter suas sementes não era como conduzir um rebanho, representava o futuro, a continuidade de um sonho de família, desde que seu pai havia abandonado a vida de especialista em mãos e pés de andróides para dedicar-se à uma atividade de maior contato com a natureza.  Plantava agora num terreno cedido pelo Estado para fixação de pessoas que se dedicassem a restituir vida à paisagem semi-deserta de todo o interior do país.

A mão suava.  As sementes estavam húmidas, anciosas de terra. Abonou a cabeça, tomou a enxada com o braço esquerdo, distribuindo as sementes enquanto fechava os pequenos buracos na pouca terra da sua estufa. Sabia que quando saísse estaria muito mais frio, porque a região que escolhera ainda era bastante afetada e pouco povoada.  Veria apenas a luz da lua crescente a iluminar os raros arbustos que ousavam romper a terra feita em areia endurecida.  O guardador de sementes parecia satisfeito, mesmo que três sementes fossem apenas um começo, estava a fazer a sua parte.  Quem sabe sua filha não poderia um dia comer o doce que sua bisavó contava que a mãe lhe fazia com nozes?

 

* Ficção que tomou como mote a reportagem feita pela SIC no programa Terra em Alerta, sobre o trabalho da Associação "Colher para semear".

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Tess Daly

I found out two more videos, from Duran Duran, where Tess Daly appears, Serious:

and Violence of Summer:

The album is Liberty, from 1990.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Quando acordares

Quando acordares terás d'além mar flores.

As flores estarão aqui, o perfume na memória.

Quando acordares e teus dedos procurarem letras no teclado,

O mar ficará mais calmo, e as flores farão sua jornada,

Flutuando pelas águas salgadas.

Se fores à praia, verás uma onda a rebentar na areia,

e quando a espuma escoar,

as flores aos teus pés descalços.

Two versions of the same song I

Feel is a polish band, that on their first 2007 album decided to make a cover from the biggest hit from the duo The Beloved (Jon Marsh and his wife Helena), Sweet Harmony (unfortunately no video clip is available - just a static picture for the song):

Lyrics:

is it right or wrong / try to find a place / we can all belong? / be as one / try to get on by / if we unify? / we should really try... / all this time / spinning round and round / made the same mistakes / that we've always found / surely now / we could move along / make a better world? / no it can't be wrong / let's come together / right now / oh yeah / in sweet harmony / let's come together / right now / oh yeah / in sweet harmony / let's come together / right now / oh yeah / in sweet harmony / let's come together / right now
oh yeah time is running out  / let there be no doubt / we should sort things out / if we care / like we say we do / not just empty words / for a week or two / make the world / your priority / try to live your life / ecologically / play a part / in a greater scheme / try to live the dream / on a wider scene / let's come together / right now / oh yeah / in sweet harmony

Sweet Harmony, Conscience, The Beloved, 1993

The original version video:

 

Wow...  The blond girl with short hair is Tess Daly, a well known UK presenter.

domingo, 15 de junho de 2008

O livro das comuns idades

Há livros assim.  Que passam de mão em mão, ficam amarelos, mais gordos, com as capas arranhadas, as páginas rabiscadas.  Lembro-me das Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.  Aquele livro marcou minha infância e gostei tanto de o ler que não parei neste, li toda a obra do autor.  Minha mãe o leu, reli-o eu, minha irmã leu, e a menina deverá lê-lo.  E outros no passado e uns tantos no futuro. O livro das comuns idades é um livro que passa de geração em geração, como herança, tradição, cultura de comunidades.  Livro-História, a escrever o tempo e o espaço de quem lhe alberga.

As cores de onde moro

DSC03868

A liberdade é azul, a igualdade branca, a faternidade vermelha.  Onde moro estas cores costumam brincar às escondidas em tons de sépia, a abrir caminhos de luz entre os verdes.