quinta-feira, 24 de julho de 2008

Luz da minha vida

Parece luz o que a voz não esconde. O senhor Cunha debruça-se sobre a janela e chama:

- Ó Luz, onde estás?

- Estou aqui, Zé.

O senhor Cunha sorri e o que parece apenas luz ilumina-lhe a voz:

- Anda para dentro que já é tarde. É tempo de acender as velas.

Maria da Luz corre para dentro de casa e vê o marido a colocar-lhe as velas sobre o bolo de aniversário. Os dois sentam, cantam e abraçam-se. A luz das velas desaparecem em fumaça com o sopro de Luz. Qual luz? Os olhos do senhor Cunha parecem brilhar como berlindes de criança. Seu sorriso fala tanto que só apetece à Luz continuar abraçada a ele e é o que faz até fazer-se noite cerrada.

Quando deitaram não se escutava nada lá fora, deixaram a louça por lavar, foram de mão dadas para a cama e dormiram a sorrir, como a sonhar com nuvens brancas, cheias de luz, Luz de uma vida.

sábado, 19 de julho de 2008

Caminhos I

Caminhos pela Austria:

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Estrada principal em direção ao centro de Hallstatt

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Estrada em direcção a Klagenfurt

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Escadas para a Igreja de Maria Worth

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Caminho que se quer esquecer, no campo de concentração de Mauthausen

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A caminho de Salsburg

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Estação do lago Ossiacher See

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O caminho para o sonho chinês de um casal austríaco, tornado realidade junto ao mesmo Ossiacher See

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Um convite para um mergulho, Ossiacher See

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À saída da estação de Sattendorf

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Uma paragem em Pörtschach

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A caminho de Festung Hohensalzburg, Salsburg

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Vielas de Villach

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Entrada para o Villach Congress Center

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Porta para uma boa refeição, no melhor restaurante italiano de Villach, onde estacionamos para recuperar energias para caminhos futuros.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

So in love with you

This is, for me, the best song from Texas, and one of my favorites.  Now, that Sharleen Spiteri is launching her solo carrier I open the box of great old songs from the scottish band where it all began:

terça-feira, 15 de julho de 2008

Mestre Tempo

13515 dias.  O Mestre questiona-me como e não quanto.  O quanto é certo, o como um princípio.  Há uma parte que nos faz aprendiz, uma outra que nos torna amante.  E enquanto dura, renasce a cada dia, como certo é o princípio e o amanhã talvez.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

quinta-feira, 10 de julho de 2008

20 minutos para a meia-noite II

Acabei de escrever Por Vezes II e lembrei-me que faltam vinte minutos para que o iPhone 3G comece a ser vendido oficialmente em Portugal. As palavras "ritmo capitalista" ecoam na minha mente.

Por vezes II

Por vezes só mesmo um milagre pode reverter situações como a fome. Sabemos que nem todos escutam esta música como um apelo, fazendo sua vida sem pensar que estão a contribuir para que a desigualdade e a injustiça continuem. Mas podemos agir, mesmo que em pequenas acções do dia-a-dia. Podemos e devemos. A recompensa é a resposta à questão, a missão que todos desenvolvemos cá, de sermos felizes e fazermos os outros felizes, pois sem a felicidade dos outros, a nossa torna-se mesquinha, orgulhosa, sem sentido.

Por vezes sinto uma vontade inesperada e crescente de abandonar ao que chamo de vida comum, numa cidade, com o conforto urbano, e tornar-me verdadeiramente pró-activo em relação a estas questões. Porque não ir para onde os problemas acontecem, onde o conforto não quer ou não pode chegar, para onde realmente precisam de mim? Será normal envelhecermos confortavelmente nas nossas vidas citadinas e passar este mesma comodidade a nossos filhos, perpetuando a inércia que nos faz achar que devemos ser cada vez mais competitivos, no ritmo capitalista? Como esquecer quem não pode concorrer nesta competitividade por não ter tido condições desde o seu berço?

Por vezes, um milagre, por vezes, a vontade. Questões sem resposta definida, despistadas pelos nossos problemas que achamos grandes e que são tão pequenos. Andamos a vida toda a resolvê-los e esquecemos dos verdadeiros problemas. Precisamos de mais milagres, mais vontades.

Silêncio II

Agora que partiste para longe é que sinto tua falta.  Há fios do teu cabelo ruivo na minha roupa.  Há teu cheiro nos lençóis.  O silêncio depois da tua voz pela casa, que só ouvirei mais tarde, quando já estiveres longe.  Parece-me que ficas comigo, mesmo agora sem ti, e que o tempo cria este sentimento que só se percebe quando se viveu o que se quer reviver, como a ficção de um desejo que existe apenas como desejo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

De Portus Cale à Bracara Augusta

Neste último fim de semana, parti deste Portus Cale que escolhi tomando a cale-bracara moderna, a A3, em direcção à Bracara Augusta. Deixo-vos algumas impressões.

O Anjo:

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Os Arcos:

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A Inscrição na Sé:

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A Inevitável Simetria do Bom Jesus:

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O Lago:

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A Janela para Braga:

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As Bacantes:

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O Balneário Pré-Romano:

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E foi a dois minutos das 11h30 de domingo, quando partiria o comboio urbano de Braga com destino a Porto São Bento, que tirei esta última foto, na cave da Nova Estação de Caminhos de Ferro.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Amor em tempos de crise

Casal Sepia

Por alguns instantes o aumento do petróleo, a inflação na Europa e as dificuldades financeiras das famílias portuguesas parecem não fazer parte do dia-a-dia.  Os ventos correm a Serra da Arrábida, o amor em tempos de crise revela-se com a paisagem ao fundo, os braços estendidos, e o casal que hoje completa 38 anos de casados.