segunda-feira, 16 de março de 2009

O dossier azul

Decorre o julgamento de Josef Fritzl, que recusa-se a falar aos jornalistas e esconde-se das câmeras com seu dossier azul.  Vergonha, arrependimento, culpa, ou qualquer outro sentimento possível para quem durante 24 anos destruiu a possível vida da própria filha e de outros filhos, que também eram netos.  Possibilidade é o que se espera, mas o dossier não mascara sentimentos, mascara a ausência destes.  Assumir a culpa e justificá-la com a infância atormentada é como matar sem querer e roubar por acaso.  Com Fritzl morreram possibilidades de vidas, roubou-se a paz efémera que St. Pölten e o Mundo julgava ter ao redor das suas casas, nos seus vizinhos.  O dossier pode ser azul, mas os seus papéis brancos ficaram manchados de vermelho.

2 comentários:

tork disse...

fritzl é um azarado genético, um fodido, um miserável, desprezado e odiado por unanimidade, condenado ao fedor da sua própria podridão... o que mais a fazer?

obrigado pela visita...

um abraço

Tuki disse...

Li e escrevi a respeito deste post, mas não cosegui postar. O resultado do julgamento veio aoo encontro das espectativas de que seja feita a justiça possível.