A Terra do Nunca não deve ter sido tão lembrada como agora, com a morte de Michael Jackson. A evolução do seu rosto, da sua “capa”, a fascinação pela criança que foi e cujo espírito deixou escapar com a transformação não só física, mas também e, principalmente, psicológica, leva-nos a reflectir se a Terra do Nunca não seria uma máscara para esconder a dor de perder a criança que não soube gerir, do lado infantil que não soube desenvolver. A criança Michael morreu em Michael e o sorriso natural de outrora não conseguiu resistir às transformações. Never Land de Peter Pan renasce ao escolher as crianças que fomos, alertando-nos, enquanto fábula, que podemos continuar crianças cá dentro. Basta construímos a terra prometida nos nossos pensamentos, actos, vontades, espíritos.
E agora sabe-se que, afinal, não irá para a Terra do Nunca: Michael Jackson não será levado para Neverland
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