quinta-feira, 15 de maio de 2008

O porquê da rede: web 3.0

Cheguei à Portugal em 1994.  Acompanhei o início do modelo comercial e popular da internet, com o "Netpac" e mais tarde com o "flat rate" da Esotérica.  Durante férias anteriores a 1994, observei o nascimento das TVs privadas SIC e TVI.  Mais tarde, já em Portugal, converti-me à TV Cabo e recentemente, já com uma televisão HD, preparo-me para a era digital.  Internet e TV, entre outros meios de comunicação em rede, transformam o próprio conceito de media digital, em que nós próprios fazemos a História, com nossas próprias vidas e em que somos parte do nosso próprio entretenimento: web 2.0.

Mas a palavra que mudou o mundo nos últimos tempos, e que nasceu de digitus (dedo em Latim), renasce mais uma vez com a media, com a participação de todos que já participavam da web 2.0, mas agora através de uma nova identidade, virtual, na forma de um avatar.  As contribuições que antes faziam a História agora o fazem sob a forma de uma ficção de si mesmo, como se precisássemos de uma nova pele para vivermos novas vidas, férias do nosso dia-a-dia, do nosso corpo, da nossa família, dos nossos amigos, ...  E quando voltamos dessas férias temos a certeza de que os dedos que apontaram para a grande mudança digital agora o faz mais do que meramente participativa, mas também criativa, pró-activa, reinventando a si próprio, questionando a própria manifestação, o próprio desejo, o próprio eu... estamos a caminho da web 3.0.

2 comentários:

D disse...

A tua apreciação do fenómeno é muito optimista (espero que assim seja). Se a web 2.0 constituir apenas um canal de fuga e alienação, não há questionamento possível, não há contestação. Parabéns pelo teu blogue, faz a diferença na rede.

Antonio Soares disse...

Há que se acreditar nas diferenças, nas minorias que mudam o mundo, na pequena gota de água da torneira em dias de seca.