sábado, 29 de março de 2008

Noites Brancas

Branco Espaço Sem Escrita.  O que não fiz é arrependimento, o que ainda posso fazer é motivo.  Fecho a página do livro, lembro do sofá em pele, lembro do meu avô ceder seu lugar quando ia dormir.  Ontem meu tempo estava comigo, no copo de vidro vazio, no bar da aldeia. Hoje meu copo vazio está comigo, o gelo derretido, a música em repetição.  Noites brancas sob o céu negro em abóboda, caminhei na estrada a subir para a vila nova, algum lugar que foi novo, uma nova vila de uma antiga aldeia, agora mais que aldeia, talvez cidade.  As casa crescem, as famílias mingam, o tempo escoa.  Eu vou para longe, faço minha vida noutro espaço, continuidade de um frio inesquecível de uma noite, mas sento-me no lugar que ele me cedeu.

Sem comentários: