terça-feira, 3 de junho de 2008

Apito da partida II

Porque me chamas com tua voz? Um navio em porto de abrigo, uma partida eminente, gente que não fala minha língua mas sorri sob a mesma voz, o soar do apito. Porque me chamas com tua voz, se sabes que preciso continuar aqui sentado, a olhar para o céu azul, a sentir a brisa que vem do mar, a escutar os pássaros que ansiavam a primavera. O sol lá fora convida-me, mas o dever chama-me e preciso cá estar. Parte com tua gente, que escuta teu chamado e corre para voltar à casa! Minha casa é onde estou feliz, onde faço minha vida por agora, onde ancoro minhas raízes nómadas. Para já não respondo ao teu chamado, apenas sorrio.

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