reflexo cruel que mostra o corpo que não é minha alma. minha pele ganha rugas enquanto escuto músicas da adolescência, de viagens que fiz há anos, de tempos que não voltam. vejo apenas o chão preto, uma rua vazia, uma madrugada silenciosa e enevoada. ao fundo a luz da memória, ecos que não me deixam dormir, espelho da incongruência entre matéria e espírito. choro. o tempo rui, o metro continua a ranger no ferro, o tempo reconstrói, a memória viva não pode ser esquecida, mesmo que perca-se em linhas digitadas num post de um blog. envelheço as palavras, envelheço as memórias, e desenho a esperança necessária para novos tempos, pois envelhecer nada mas é do que ganhar experiência e perder juventude.
sábado, 29 de março de 2008
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