Adelino, sessenta anos. Trabalha todo o dia, lavra a terra, planta a semente. Adelino ontem não conseguiu trabalhar, seu trator pregou-lhe uma peça. Esteve só, à espera de alguém passar para pedir ajuda, mas ninguém parou. Apoioado em numa estaca de madeira, foi se arrastando de estrada em estrada, e a resposta sempre a mesma, os carros a distanciarem-se ao fundo. Até que um conhecido reconheceu-o, parou o carro e levou-o ao hospital. Agora Adelino, internado, só pensa em voltar ao trabalho. E diz às câmaras da TV que não há outro remédio, pois a vida continua, e temos sempre que voltar ao trabalho. Adelino lembra meu pai.
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