O mundo que me rodeia me chama à poesia. Esta chama que encontro em pequenas coisas desperta a palavra e daí, só me resta escrever. Mas acho que por vezes, temos que parar a escrita e pensar mais nos problemas que ainda temos por resolver. Sendo assim, faço a pausa.
É uma das "idades" das formas de amar que abordei, é a bandeira do 25 de Abril em Portugal e é a palavra que supostamente não podemos ultrapassar ou passar sem. Mas não é bem assim. Alguns de nós ficaram chocados com o vídeo do Carolina Michaelis, outros não. Alguns por um motivo, outros por outro. O meu motivo (sim, fiquei chocado) é o da evolução da liberdade em Portugal.
Vamos por partes. Em Portugal houve uma alternância de poder, não o poder político que estamos acostumados a julgar, mas o poder ideológico, o poder oriundo da liberdade. Nesta alternância, o que era ditadura deixou de o ser, e a palavra brilhante, a "idade" dita mais forte pela sua utopia, alcançou tudo e todos, mas não alcançou da melhor forma. Quando no passado, os professores exigiam respeito e disciplina usando violência, muitas vezes estimulados pelos próprios pais dos alunos, havia um desejo de mudança. Agora, ao assistir os professores na posição inversa, acredito que a alternância não fez mais do que a sua própria semántica, trocando o poder de lado. Não há vencidos ou vencedores, não há culpados ou inocentes, quando todos nós somos perdedores do real sentido que está por trás da liberdade neste caso: respeito mútuo. O que digo aos professores é que continuem a respeitar a diferença, mas não percam a integridade, a personalidade. O que digo aos alunos é que pensem no que realmente querem do seu futuro. Na educação da liberdade está a semente do futuro desta palavra, assim como na educação de uma forma geral está a do nosso próprio futuro. Sem respeitar um professor não estamos a respeitar aos que lutaram pela nossa liberdade, não estamos a nos respeitar, não estamos a respeitar aos nossos filhos.
1 comentário:
Estás a escrever cada vez mais e melhor.
Enviar um comentário